segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Não consigo escrever coisas bacanas e novas. Não por falta de assunto ou capacidade intelectual. Acho que é falta de ânimo mesmo.

Não me levem a mal. Eu gosto disso daqui. E gosto dos comentários. Gosto da catarse que escrever aqui proporciona, gosto de navegar pela blogosfera e descobrir que não estou epistemicamente só no Universo e acima disso, gosto mesmo do senso de durabilidade (até eternidade) que palavras lançadas numa nuvem digital tem sobre meu espírito.

"Deus colocou a eternidade no coração dos homens", diz o Pregador.

O que estaria por trás do inconformismo, da não-anuência a este ou aquele ditame neopentecostal, do recusar-se a dobrar os joelhos perante qualquer coisa/pessoa/ideia além das Antigas (e mesmo perante elas, percebe-se relutância)?

"Eu sou eu mesmo. Eu sou a soma dos objetos que ligo pela minha vontade. Eu sou moldado pelos outros. Eu descubro minha forma pela forma dos outros." (Ayanami Rei in N.G.Evangelion ep.26) então o que me sobrará, se eu me emancipar de todo?

O Gil compara a Igreja ao BBB. Eu comparo a vida cristã ao Absurdo. Um amigo meu é contra retiros de igrejas até a morte. Por motivos piedosos. Outro amigo meu saiu da igreja institucionalizada. Outros motivos perfeitamente piedosos. Outros ainda, esses então mais ainda, vivem entre nós com as cabeças abaixadas - beduínos no deserto, fontes de vida e paz pra quem tiver o nervo de conversar com eles.


No fim das contas só queremos sobreviver acompanhados.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá

Parabéns pelo seu trabalho, gostei muito do que li por aqui.

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Um pouco além do óbvio.

Abraço.